Cooperação



“Alcancei agora o ponto em que posso indicar abreviadamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Ela diz respeito ao relacionamento do indivíduo à sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente que nunca da sua dependência da sociedade. Mas ele não experimenta a sua dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protectora, mas em vez disso como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou até à sua existência económica. Além do mais, sua posição na sociedade é tal que os impulsos egoístas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto que os seus impulsos sociais, que são mais fracos por natureza, progressivamente se deterioram. Todos os seres humanos, qualquer que seja a sua posição na sociedade, estão a sofrer deste processo de deterioração. Desconhecedores prisioneiros do seu próprio egoísmo, eles sentem-se inseguros, sós e privados do ingénuo, simples e não sofisticado prazer da vida. O homem consegue encontrar sentido na vida, curta e perigosa como ela é, somente ao se devotar a si mesmo à sociedade.”
~ Albert Einstein, 1949

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