CRISE ( Kρίσις ) - Um Processo Natural?

“Uma crise incorpora dentro dela a possibilidade de um novo e melhor desenvolvimento. Neste sentido, uma crise é similar ao nascimento.”
Poderá ser a crise um processo natural? Poderá ser este um processo cíclico que possa ser entendido com a nossa mente racional e entendido de uma forma analítica de modo a que possamos saber o que esperar do futuro?

Vídeo: http://edu.ariresearch.org/session-1

Transcrição:
“Olá prazer em conhecê-lo\a. Muito possivelmente, você considera-o um encontro trágico, a tomar lugar sob consequências menos que desejáveis, um encontro induzido por uma crescente crise global. Afinal, você não estaria aqui a estudar connosco se circunstâncias não o\a obrigassem, uma vez que admitidamente, é por isso que aqui estamos. 
Contudo, veremos que a situação na realidade é uma causa para alegria e não um estado de crise, que não estamos aqui devido a problemas, mas em vez disso no limiar de uma nova vida, alegre e encantadora. 
Mas para o vermos, devemos compreender o que nos está a acontecer enquanto colectivo e o que está a acontecer a cada um de nós enquanto indivíduos, bem como o porquê de estar a acontecer. É a presente situação um resultado de erros passados, ou talvez haja certa tendência geral, uma lei abrangente que está implicada? Talvez seja um processo inevitável que devemos experimentar e apenas então obteremos o benefício, todavia não conseguimos finalmente atravessá-lo? 
Na verdade, o termo “crise” não é um negativo. Certamente, é como definimos a presente situação como um todo: uma crise global, integral, uma crise económica, uma crise na educação, na ciência, ou na realidade crises em cada reino de envolvimento humano. Todavia,o termo “crise” simplesmente denota mudança, um ponto de decisão. 
Sabemos da experiência que temos tendência a nos sentirmos complacentes e permanecermos numa posição com a qual estamos familiarizados. É difícil para nós deixarmos um emprego ou decidirmos sobre qualquer coisa de novo na vida. O hábito é pesado e hábitos, todos sabemos, são difíceis de morrer, especialmente os maus. Assim que um sistema esteja montado e não precisemos de gastar tanta energia em o manter, tornamo-nos bastante preguiçosos, nos inclinando para o que é seguro e familiar. A transição nunca é agradável. 
Todavia, se marcharmos para um novo estado com confiança e anteciparmos o bom futuro, a transição será fácil, também. Se, contudo, a transição é difícil e amarga e não vemos o futuro, a nossa situação parecerá verdadeiramente trágica. 
Desta forma, primeiro devemos examinar se a nossa situação é verdadeiramente trágica e se enfrentamos tais catástrofes como guerras, revoluções, cheias, terramotos, maremotos, erupções vulcânicas e outros eco-traumas que os cientistas estão a prever. A alternativa é que todos estes “traumas” são senão o nascimento de uma nova, ainda latente ordem, e que toda a tensão e desespero que estamos a experimentar são porque devemos nascer numa nova forma. 
Pense num feto a crescer no ventre da sua mãe. Ele está deitado no seu abrigo protegido quando um processo muito desagradável se começa a revelar para o nascimento. Tanto a mãe e feto experimentam grande stress, pressão acumulada, ao ponto que eles não se conseguem suportar um ao outro e o feto tem de sair. Traduzido para as nossas emoções, é como se o feto odiasse estar dentro dela enquanto que ela aparentemente nem deseja nem consegue mais o manter no interior. 
Então, através de rejeição mútua, o nascimento ocorre e o bebé nasce num mundo novo e belo, acolhido como aquele que foi recompensado com uma nova vida num novo nível. Onde haviam em tempos poucas gramas de carne, crescendo dentro de outro organismo, um humano agora emergiu. Ele é ainda pequeno, incapaz de percepcionar as suas imediações, mas já está no começo de uma nova vida. 
Isto é muito similar às situações pelas quais estamos a atravessar, que é o porquê da nossa situação ser como dores de parto, emergindo para um novo mundo.”
“Um homem pode imaginar coisas que são falsas, mas ele só consegue compreender coisas que são verdadeiras, pois se as coisas são falsas, a apreensão delas não é entendimento.”
~ Isaac Newton 
“Isso sugere que uma crise pode acender o espírito de sobrevivência que conduz a soluções melhores para problemas agudos que uma “situação normal” conduziria.”
~ Dr. Pasi Sahlberg, “O que o mundo pode aprender da mudança educativa na Finlândia?” 
“Se há algo de errado, então deve ser concertado. Tal perspectiva oferece uma esperança de progresso renovado. Ela afirma que o avanço científico e o desenvolvimento tecnológico não são um fim, mas podem ser o começo de um novo período de crescimento explosivo.”
~ Eric Lerner, spaceandmotion.com 
“Esta não é apenas uma crise, é na realidade uma oportunidade, este é provavelmente o primeiro momento nas últimas centenas de anos que tivemos, para reconstruir a nossa sociedade e a nossa economia sobre princípios que sirvam a humanidade, em vez de matar a vida.”
~ Douglas Rushkoff, “Life Inc” 
“Não finjamos que as coisas continuarão a mudar se continuarmos a fazer as mesmas coisas. Uma crise pode ser uma verdadeira bênção para qualquer pessoa, ou para qualquer nação. Pois todas as crises trazem progresso. Criatividade nasce da angústia, tal como o dia nasce da noite escura. É na crise que a invenção nasce, bem como as descobertas e grandes estratégias.”
~ Albert Einstein 
A reconhecida doutora bióloga Elisabeth Sahtouris descreve o processo de individuação e união como cíclico e biológico e a transição entre os dois é sempre uma crise, ela acredita também que a humanidade se encontra presentemente nesse ponto de transição. (Ver do min 5:47 ao 6:30) http://youtu.be/8AMC4bng4Hs?t=5m47s

Adicionalmente:
http://youtu.be/HUDvAwXZD2I

http://ariresearch.org/pt/

FOTO por euthman @ Flickr

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