Exclusão Social

"Uma comunidade que exclui sequer um dos seus membros não é uma comunidade de todo."
~ Dan Wilkins
"A marca de uma sociedade compassiva e civilizada é que tentamos compreender as acções das outras pessoas, não tentamos simplesmente as condenar."
~ Professor e psicólogo Simon Baron Cohen, autor de Zero Degrees Empathy
Devemos compreender que quando excluímos alguém temos de estar prontos para abdicar de uma parte importante de nós que não veremos manifestar mais.

Aquilo que percebemos do mundo e especialmente uns dos outros é uma minúscula janela no tempo da realidade, isto é, quando olhamos para alguém ou para determinado local não observamos o processo inteiro, só um mero fragmento que não traduz a totalidade do que realmente observamos. Somos processos e não produtos acabados, mas assumimos que seremos sempre os mesmos. Por outras palavras, temos nomes próprios, mas não somos substantivos, somos mais como verbos. Um recente estudo prova que isso é também uma mentira.

Daniel T. Gilbert, "Porque Você Não Será A Pessoa Que Espera Ser":

"O que nunca parecemos perceber é que os nossos eus futuros olharão para trás e pensarão a precisa mesma coisa sobre nós. Em cada idade pensamos que seremos os últimos a rir e em cada idade estamos errados."
“A cobra que não se consegue despojar da sua pele tem de morrer. Bem como as mentes que são prevenidas de mudar as suas opiniões, elas deixam de ser mente.”
~ Friedrich Nietzsche

Falhamos julgar o que vemos porque tentamos analisar o indivíduo e imputamos culpa sobre o objecto da acção, mas não sobre a origem da acção em si, que é a sociedade, o meio que o influenciou.

Não conseguimos realmente imaginar, às nossas predisposições genéticas, como seríamos se fossemos nutridos num meio diferente e é precisamente isto o que o professor Simon Baron Cohen afirma quando diz que devemos alterar o conceito de bem e mal para um de maior ou menor empatia quando apresenta as suas pesquisas sobre erosão de empatia no seu livro.

"Quando as pessoas cometem acções 'más' perguntamos sempre «porquê?» 
A ausência de empatia é a melhor explicação que alguma vez ouvi, visualização cerebral demonstra empatia zero ou negativa como traço comum para pessoas que são bordeline, narcisistas ou psicopatas. 
Então isto fez-me pensar, 'qual é o equivalente para as empresas?'
Estas pessoas podem não matar fisicamente mas certamente o fazem danos espirituais e emotivos a muitas muitas pessoas.. 
E quando há empatia zero no topo o que flui para baixo, espero que agora consigam ver porque não haverá inovação, pelo menos durante muito tempo."
~ Jackie Acho, Presidente do Grupo Acho, uma firma de consultoria, liderança e estratégia. 
Antes de fundar o Grupo Acho em 2005, ela foi uma Parceira na firma de estratégia global McKinsey & Company. Jackie trabalhou para clientes de desenvolvimento industrial, cientifico, académico e económico numa variedade de problemas, com particular foco sobre crescimento, estratégia, comercialização de tecnologia e desenvolvimento de liderança durante mais de 18 anos. O trabalho de Jackie inclui desenvolver colaborações incomuns e produtivas entre organizações e fronteiras internas, até entre competidores.

No meio humano podemos afirmar que não é através de pequenas escolhas do dia-a-dia que conseguimos influenciar eficientemente o nosso futuro, mas através de activa, constante e propositada escolha do meio que pretendemos que nos influencie. Uma sociedade da qual possamos extrair os valores, princípios e vontades que conduzirão a nossa vida e a dos que nos rodeiam para um lugar melhor.
"Muitas investigações científicas demonstraram um facto óbvio, que o comportamento de um ser humano é criado pelo meio ambiente. Se os genes predispõem um certo comportamento mas o meio não o apoia, então esse comportamento não se manifestará, então nesse caso, os genes não são importantes."
~ Narrador de TROM, A Minha Realidade

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