Líderes Mundiais Perdem o Controle Quando Enfrentados Pela Interdependência



No fundo ninguém sabe a solução para os desafios que enfrentamos presentemente, porque viemos de um mundo velho regido por leis diferentes.

Não devemos por isso esperar soluções vindas de cima, devemos ao invés observar a realidade e adquirir conhecimento sobre como o mundo opera, nos organizarmos e procurarmos soluções sustentáveis para todos.
"Ninguém está em controlo. Essa é a principal fonte de medo contemporâneo." ~ Zigmunt Bauman

“Sempre que algo de mau acontece – O Irão próximo de adquirir armas nucleares, a Coreia do Norte dispara outro míssil, mortes civis alcançam outro marco tenebroso na guerra civil na Síria, satélites que revelam um ritmo alarmante de derretimento do gelo polar – algum funcionário ou observador vai apelar à comunidade internacional para agir. Há apenas um problema: não há ‘comunidade internacional’”. 
“A Assembleia Geral das Nações Unidas se aproxima disso, mas pouco se pode esperar de uma organização que iguala os Estados Unidos ou a China com, digamos, Fiji ou Guiné-Bissau”…" 
“Nenhuma série de reformas da ONU pode tornar as coisas fundamentalmente diferentes. As grandes potências de hoje não concordam com as regras que deveriam governar o mundo, muito menos com as penalidades para quebrá-las. Mesmo quando há acordo, em princípio, há pouco consenso na prática. O resultado é um mundo mais confuso e mais perigoso do que deveria ser”.
~ Richard N. Haass, Que Comunidade Internacional? - Project Syndicate
"Nada é mais perigoso para a globalização do que o enorme défice de governação - a disparidade perigosa entre o âmbito nacional da responsabilidade política e a natureza global dos mercados de bens, capitais e muitos serviços - que se acentuou nas últimas décadas. 
Quando os mercados transcendem a regulamentação nacional, tal como acontece actualmente com a globalização financeira, o resultado traduz-se em deficiências de mercado, em instabilidade e em situações de crise. 
Mas impor a actividade de regulamentação a sistemas de administração supranacionais, como a Organização Mundial do Comércio ou a Comissão Europeia, poderá resultar em défice democrático e em perda de legitimidade. 
Como se poderá colmatar este défice de governação?"
~ Dani Rodrik, Governos Nacionais, Cidadãos Globais - Project Syndicate
http://www.project-syndicate.org/commentary/how-to-globalize-a-national-authority-by-dani-rodrik/portuguese 
"O que devem os bancos centrais fazer quando os políticos parecem incapazes de agir? Até então, eles têm estado dispostos a entrarem na brecha, encontrarem maneiras novas e inconvencionais de tentar influenciar a direcção das economias em apuros. Mas como podemos determinar quando os bancos centrais pisarem os seus limites? Quando esta audácia se tornará imprudente? 
Banqueiros centrais hoje em dia desfrutam da popularidade de estrelas de rock e merecidamente: sua resposta ao meio difícil e incerto durante e após a crise financeira tem sido amplamente impecável. Mas eles devem ser capazes de admitir quando ficam sem balas. Afinal, a transformação de herói a zero pode ser rápida.”
~ Raghuram Rajan, Professor de Finanças na Universidade de Chicago Booth School of Business - Project Syndicate

"Os olhos são inúteis quando a mente é cega."
~ Autor desconhecido

Afinal não foi ao acaso que Einstein escreveu que "..uma crise pode ser uma verdadeira bênção", é porque uma crise é um processo de destilação, não para uma pessoa mas para todas em simultâneo. São redefinidas prioridades, nascem novos desejos e vontades que não existiam anteriormente, o nosso sentido moral é elevado. Não percebemos ainda mas somos nós que estamos a mudar.


“Civilização começa com destilação.”
~ William Faulkner

FOTO por Gobierno Federal @ Flickr

0 comentários: