“Bom, o termo pensamento dos sistemas é realmente mal entendido e eu uso-o com muito cuidado. Primeiro, ambas as palavras são problemáticas mas a palavra sistema é a mais problemática, a primeira imagem que aparece na cabeça das pessoas é um sistema computorizado (…) A segunda associação mais comum é o sistema de controlo e gestão, ‘a culpa não é minha, é do sistema estúpido’, certo?
Então estas são as duas associações que vêm às pessoas e nenhuma delas é o que estamos a fazer que elas entendam. Então, sempre que estou a tentar que elas compreendam o que a palavra sistema significa normalmente começo ao dizer, ‘Você faz parte de uma família?’.
Todos respondem que são uma parte de uma família, ‘Já viram na família as pessoas a produzirem consequências, dentro da família, como as pessoas agem, como as pessoas se sentem, que não são o que ninguém pretende?’ Sim, ‘Como é que isso acontece?’
Bem, então as pessoas contam as suas histórias e pensam sobre isso mas isso então aterra as pessoas, não na gíria dos sistemas ou do pensamento dos sistemas, mas a realidade que vivemos numa realidade de teias de interdependência, uma família é uma tecida muito apertadamente, conseguem praticamente ver todos os actores chave.
Mas ainda assim embora consigam identificar de uma lista de 15 nomes, aqui estão todas as pessoas da minha família imediata, ainda assim a complexidade de interacções entre todas essas pessoas é obviamente tal que consistentemente as famílias produzem resultados que ninguém quer. O que é a outra razão fundamental por trás de tudo isto, não é entre aspas ‘compreender sistemas’, que é uma abstracção, é compreender como os problemas que são mais incómodos e difíceis e intransigentes, com os quais todos lidamos, vêm a ser.”
Dr. Peter Senge, Navegando as Teias da Interdependência
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