Foto: Frans de Waal
O investigador de primatas, Frans de Waal, dá muitos exemplos de altruísmo na Natureza no seu livro , Good Natured: The Origins of Right and Wrong in Humans and Other Animals (Trad. Boa Natureza: As Origens do Certo e Errado Nos Humanos e Outros Animais).
Numa das experiências ele descreve, dois primatas foram separados um do outro por uma partição que permitia que se vissem um ao outro. A cada um deles foi dada comida em horas diferentes e os macacos tentaram entregar a comida através da partição que os permitia verem-se.
As observações revelaram que os macacos tinham tendência para aumentar o seu estado e alerta de preocupação um pelo outro quando um deles ficava magoado ou incapacitado.
Uma macaco fêmea incapacitada conseguiu sobreviver durante duas décadas num clima rígido e até criar cinco crias, graças à assistência que lhe foi dada pelos outros macacos.
Outra macaco fêmea, mental e fisicamente atrasada, sobreviveu com o apoio da sua irmã mais velha, que a carregou nas suas costas durante muito tempo e a protegeu. A uma macaco fêmea que tinha perdido a sua visão foi concedida guarda especial pelos machos. Um babuíno macho cujo irmão teve um episódio de epilepsia protegeu o seu irmão enfermo, repousou a sua mão sobre o peito do seu irmão e preveniu firmemente os guardas que o queriam examinar de se aproximarem.
Outros animais agem muito semelhantemente. Golfinhos apoiam os seus companheiros feridos e mantêm-os perto do nível da água para os impedirem de se afogarem. Elefantes agruparam-se para ajudar um da sua espécie que estava a morrer na areia. Tentaram o seu melhor ao empurrar as suas trombas e presas sob o seu corpo. Alguns até partiram as suas presas no processo. Derradeiramente, amigos da elefante fêmea que tinha sido atingida nos pulmões por uma bala de caçador, se dobraram sob ela para a impedir de cair.
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