"Meu papel na sociedade, ou o papel de qualquer artista ou poeta, é tentar e exprimir o que todos nós sentimos.
Não de dizer às pessoas como se sentirem. Não como um pregador, não como um líder, mas como um reflexo de todos nós."~ John Lennon
Todos temos alguma tendência para desviar o olhar das críticas mais mordazes e não há no fundo grupo de pessoas que mais consigam exprimir as dissonâncias da sociedade senão os artistas. Os artistas são, frequentemente dado o seu olhar atento, a camada de pensamento divergente social.
Eles funcionam como uma espécie de espelho que nos direcciona e aponta para onde devemos olhar, embora prefiramos não o fazer ou como disse McLuhan, dentro da normalização da sociedade, 'os peixes não descobriram a água'.
São peças fundamentais que não devem ser ignoradas e devem até ser valorizadas pelo trabalho que prestam diante da sociedade. Como podemos começar?
Este vídeo dá uma pista
A sociedade humana é também um sistema da natureza, além do mais, é também um ecossistema, as nossas relações, até as mais simples transacções como comprar um pão ou um maço de tabaco fazem parte da natureza, elas não são externas a ela. E, como disse Anna Lappe "Cada vez que gasta dinheiro, está a votar para o tipo de mundo que você quer."
"..Quanto mais complexo é o sistema, mais diverso, mais resiliente ele é.Portanto, resiliência é um conceito melhor para nós entendermos. E temos que construir comunidades resilientes, que praticam a diversidade nas actividades económicas, nas fontes de energia, em tudo há diversidade.Então diversidade é complexidade e complexidade e diversidade juntas são mais resilientes. "~ Satish Kumar sobre bio-diversidade em sistemas ecológicos
Edgar Morin, sociólogo e filósofo francês, argumenta que a grande fronteira da contemporaneidade é a compreensão da relação entre diversidade e unidade. Segundo Morin, diversidade é a manifestação da unidade. Cultura, um conceito universal. Mesmo assim, não há uma cultura igual à outra. Linguagem, um conceito universal. Mesmo assim, as línguas são diferentes em suas manifestações. Ao compreendermos esta relação, diz o pensador, deixamos de querer homogeneizar as formas e estamos aptos a nos relacionarmos como humanidade.
"Quando retiramos algo da natureza, para a nossa sobrevivência, isso está óptimo, isso devemos retirar com gratidão, não como um direito, de que é o nosso direito de usar a natureza.
Mas é uma dádiva da natureza e recebemos-a com gratidão e reciprocamos ao zelar por ela.. ao lhe dar respeito."~ Satish Kumar sobre o conceito do valor intrínseco da natureza de acordo com a ecologia profunda
Por agora já percorremos um longo caminho e há já muitas evidências cientificas que apontam que não há 'um ser humano mau' ou inerentemente mau. Da mesma maneira, por exemplo, na Rússia tentaram exterminar um grande número de lobos, isso mais tarde conduziu ao espalhar de doenças nos outros animais (http://rt.com/news/siberia-emergency-wolf-hunt-446/ ) assim é quando tentamos eliminar uma determinada parte do sistema. E isso é porque não compreendemos simplesmente o que equilíbrio num sistema natural ou na natureza significa.
Na sociedade humana há simplesmente predisposições genéticas que se manifestam dentro das condições ambientais ou ideais para que se manifestem.
Assim numa sociedade "livre" temos por um lado de fornecer informação sobre como o sistema natural humano funciona.
Por outro deve haver um olhar critico para não permitir que algumas condições nocivas para os indivíduos e para a sociedade no geral se reúnam e consequentemente se manifestem.
Tudo isto reconhecendo um valor inerente em cada parte deste sistema humano, ou seja, o indivíduo não é responsável mas o comportamento que se manifesta no indivíduo é da exclusiva responsabilidade do meio que o rodeia.
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